A Covid-19 provocou uma queda de US$ 22 bilhões nas vendas de bens de consumo massivo (FMCG) fora de casa (OOH) em 2020 no mundo, em um cenário de restrições, trabalho em casa e distanciamento social. E as vendas continuaram a sofrer ao longo do 1º trimestre de 2021. Com o avanço da vacinação e afrouxamento das restrições sociais, porém, aumentaram por três trimestres consecutivos, chegando a 19% no 4º trimestre em comparação com uma queda de 25% no mesmo período de 2020.
Embora esse quadro geral seja positivo, observar a evolução dos gastos OOH nessas categorias ao longo de um período de três anos traz outra perspectiva: ainda é 10% menor do que no 4º trimestre de 2019, no período pré-pandemia.
No Brasil, o consumo de alimentos e bebidas fora de casa caiu 7 pontos percentuais nos últimos três anos – em 2019, fora do lar representava 47% do consumo total brasileiro, e em 2021 chegou a 40%. Vale ressaltar, no entanto, que no 4º trimestre de 2021, a venda em unidades de alimentos e bebidas fora do lar alcançou seu melhor patamar desde o 2º trimestre de 2020.
Com a inflação acima de 10%, nem o repasse de preços e nem o aumento do número de compradores (+2,1%) foram suficientes para frear a queda em valor do consumo fora de casa no Brasil, que ficou estável em -0,5% entre 2020 e 2021.
Para equilibrar gastos, o brasileiro tem trocado refeições completas por lanches, o que reflete em várias movimentações positivas para marcas de salgadinhos, petiscos e biscoitos nesse estudo. Essas categorias práticas, indulgentes e de custo baixo foram as que mais se destacaram no consumo fora do lar em 2021.
Mesmo assim, 35% das 169 marcas avaliadas estiveram mais presentes nas compras dos consumidores.
12 Marcas que mais ganharam penetração em 2021