Introdução
Como os compradores mudaram em 2022?
A desaceleração do crescimento, as taxas de juros elevadas e a incerteza global estão afetando os domicílios nos mercados latino-americanos à medida que a crise do custo de vida se intensifica. 2023 já se mostra um ano difícil para a região.
Embora a pandemia global tenha ficado para trás, alterou fundamentalmente a forma como as pessoas vivem, trabalham e fazem compras na região, acelerando o crescimento do varejo de produtos de consumo massificado (FMCG) e levando a uma diversificação dos canais de varejo utilizados pelos domicílios na América Latina.
Entretanto, à medida que uma crise abranda, novos desafios econômicos e sociais aceleram as mudanças no comportamento dos consumidores.
Diante das pressões inflacionárias e dos aumentos anuais de preços de 14,1% em 2022, os compradores latino-americanos, especialmente aqueles em domicílios de baixa renda, estão tendo que administrar seus orçamentos com mais cuidado. À medida que fazem compras para encontrar uma boa relação custo-benefício, mais consumidores estão visitando mais canais do que nunca, com os canais de desconto se beneficiando mais. As missões de compras também estão mudando, uma vez que os consumidores compram mais frequentemente num maior número de lojas, tanto offline como online.
Embora o rápido crescimento do comércio eletrônico na América Latina observado durante a pandemia esteja desacelerando, o e-commerce agora é uma parte essencial do varejo omnichannel, ou omnicanal, na região e atraiu três milhões de novos compradores online em 2022.
Plataformas de varejo puras e não puras* sustentam crescimento em 2022, conectando mais tipos de canais e atingindo novos perfis de usuários. Enquanto isso, o WhatsApp, apesar de não seguir o mesmo comportamento, continua atingindo o maior número de compradores online, 14,7 milhões na Latam.
Diante da maior fragmentação das despesas e do declínio da fidelidade dos clientes, o desafio para os varejistas e marcas de FMCG é saber como atrair e reter os compradores e, em última instância, ganhar maior participação de mercado.
*Puro: Empresas com plataformas de comércio online e sem lojas físicasNão-puro: Websites ou aplicativos de cadeias de supermercados e hipermercados