Comércio eletrônico
A evolução do papel das compras online
O comércio eletrônico viveu um período de expansão durante a pandemia, uma vez que os varejistas – tanto operadores puros como não puros (tradicionais) – lançaram novas plataformas e aplicativos e os consumidores adotaram o comércio eletrônico como um canal de fácil acesso – na ausência de lojas físicas.
Em 2022, no entanto, o comércio eletrônico não cresceu pela primeira vez desde o aumento da pressão inflacionária, já que os compradores priorizaram compras presenciais para fazer compras mais inteligentes. Alguns fatores tiveram efeitos adversos sobre o canal, como o encerramento das atividades de aplicativos de entrega na região, a atenção voltada à Copa do Mundo FIFA e outros fatores sociais, mas continua sendo uma parte importante do varejo omnichannel na América Latina, atraindo mais três milhões de novos compradores em 2022, principalmente em domicílios de baixa renda.
Os compradores phygital (físico + digital) estão utilizando canais online e offline, mas são mais seletivos quanto à forma e ao momento em que os utilizam. Em tempos de crise econômica, os compradores estão voltando às lojas físicas, o que lhes dá a oportunidade de comparar preços, tamanhos, marcas próprias versus tradicionais, e tirar partido de promoções e ofertas na loja, à medida que procuram uma boa relação qualidade/ preço. Consequentemente, os canais de desconto e atacadistas são os que mais se beneficiam.
À medida que o mercado desacelera e os compradores fragmentam suas despesas entre canais, o desafio atual para os varejistas do comércio eletrônico é a forma como envolvem e retêm os compradores.