Três conclusões importantes
2022 foi um ano de recuperação pós-pandemia, mas também um ano em que varejistas e compradores enfrentaram novos desafios numa crise de custo de vida. Para os consumidores latino-americanos, nunca houve tanta escolha de canais de varejo, mas a relação custo-benefício é fundamental no desafiador ambiente econômico atual. Uma vez que os compradores omnicanal continuam a impulsionar o crescimento na América Latina, existem três conclusões fundamentais.
O omnicanal ganha força
O varejo omnicanal continua crescendo diante das maiores pressões econômicas e a crise do custo de vida. Para os varejistas, não se trata apenas de um maior número de compradores que visitam mais canais, mas também de explorar diferentes rotinas de compras para atrair mais visitas. Uma forma para os varejistas conquistarem os corações e as mentes dos consumidores à medida que as rotinas de compra mudam é diversificando os formatos de loja, como algumas das grandes cadeias no Brasil já fizeram. Isso também representa um desafio – e uma oportunidade – para os fabricantes. Em primeiro lugar, compreender o papel das missões de compra e, em segundo lugar, como podem se posicionar e comercializar de forma diferente em cada formato, de acordo com a sua importância para o consumidor.
As missões de compras estão mudando
As missões de abastecimento são agora as mais fragmentadas, com o comércio down-the-trade dando forte contribuição. Proximidade está impulsionando a conversão de mais categorias e é importante na compra de tamanhos maiores. As marcas próprias ganharam importância nas categorias básicas, que sofreram maiores aumentos de preços.
Comércio eletrônico desacelera pela primeira vez
O comércio eletrônico desacelerou pela primeira vez desde a pandemia. No entanto, continua a ser um canal importante para varejistas e marcas atraírem e reterem os clientes durante as missões de reposição e quando procuram uma melhor relação qualidade/preço através de tamanhos grandes, promoções e métodos de pagamento alternativos. Tem grande potencial, especialmente para varejistas que visam compradores de baixa renda. Entretanto, como apenas um quarto da população da América Latina faz compras online, o desafio agora é democratizá-lo para alcançar todos os NSEs e mercados. A evolução do comprador phygital continua, com muitos optando por comprar na loja para encontrar preços mais baixos, obter uma melhor experiência e encontrar melhor custo-benefício.